terça-feira, 23 de setembro de 2008

Faz-me acreditar

Se na noite te escondes,
Se é nela que guardas o que nos une
Com a certeza daquilo que já foi nosso,
Não corro...passeio!

Se abres com o teu sorriso o meu dia
Talvez te encontre...por ai,
No meu ombro guardado ao desamparo
De um rosto alheio que não chega...

O vento abraça-me,
Enche-me o peito vazio
Testemunhando o que ninguém sabe
E que eu não quis contar...

Nada me espanta,
Tudo me encanta...Faz-me acreditar!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Passado de mão dadas com o Presente

Há momentos em que te quero dizer...
Mas o meu orgulho esconde o melhor de mim,
Espalho mais alguma confusão e transformo tudo!

Há dias em que te quero tocar...
Mas não estás presente,
Recordo como foram bons todos os instantes!

Há palavras que talvez estejam esquecidas...
Mas que não deixam de ter o mesmo significado,
Guardo-as até que as possa voltar a devolver!

Há pessoas como tu...
Mas ninguém tão igual a ti,
Leio a nossa história pintada em palavras!

Porque quando nada parece fazer mais sentido
Recordo o que fez...e que ainda faz...hoje!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Hoje tive um sonho...

Hoje tive um sonho...
Sonhei contigo...devagar entre soluços,
Acordei enquanto me chamavas - ofegante..!

Passaram-se algumas horas
Mas continuo sem perceber o que aconteceu,
O porquê de voltares aos meus sonhos
Logo agora que mais nada existe senão uma lembrança...

(que não sei se boa ou má!)

Há quem diga que temos o poder de sonhar,
De ganharmos asas no meio de quem queremos que võe connosco,
Terá sido isso que aconteceu?

Não te esperava encontrar agora por cá,
Apareceste sem contar...
Quem sabe se não nos voltaremos a cruzar...

Não sei o que aconteceu..MAS GOSTEI!

sábado, 24 de maio de 2008

Tu..Te..a Ti

Pintar-Te, ler-Te, escrever-Te,
Contemplar-Te, ohar-Te, escutar-Te...
É tudo que tenho sabido fazer...

Momentos ausentes, diferentes sentimentos...
Revolta que me consome por dentro,
Calado entre as poucas palavaras que trocamos...

Espero que o guardes como recordação
De algo que talvez não o diga mais - embora o sinta...
Talvez não tenhas percebido o pautar da despedida,
A melodia do embalar do barco empurrado pelo vento...

Na escuridão do negro oculto a todos
Sei que vi a luz que agora se apaga...
As palavras nunca contarão mais do que elas valem...nada!
Na impossibilidade da tua presença física faço chegá-las a Ti...

Será que o vento Fará chegar o barco ao meu Porto?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Castelo Preto

Olhei-me e perguntei o porquê,
Pensei-te e perguntei-me porquê,
Revi-te e não sei porquê...

Hoje uma cor...
O preto para que ninguém me veja chorar,
Onde guardo o luto que não mais se desfez,
No qual a tristeza me revolta e me consome...

A minha vida transformou-se num túnel,
Ofusca-me os olhos a ignorancia de alguns...
A futilidade de outros..

A murulha está hoje mais fraca,
O castelo corre perigo...
Chamei todos para que me salvassem...
Faltas-te tu...ó coragem....decerto um inimigo!

Menina do Mar

Pouco me importa...
Respiro na monotonia de um adeus,
Num saber que o que guardo é demasiado
E o que dei "foi tão fugaz que nem deu"..

Gostava de te ter...que fosse num abraço,
De te sentir por perto mesmo tão longe,
De olhar para o meu céu e ver-te brilhar...

Não te quero prender na minha teia,
Prendeste-me por tão pouco é verdade...

A minha loucura é desmedida...
A coragem falta-me hoje - o TEU silencio calou-a,
Resta-me a esperança de que percebas
Aquilo que percebi de ti...em ti...

O mundo é preto...
"É no silencio que se enconde o tumulto"...
Mar..ó grande mar...
Junta-nos outra vez...
Oh MENINA DO MAR!

sábado, 26 de abril de 2008

Pegadas tuas...

É noite - escrevo o teu nome na areia...
A Lua ilumina-o entre algas que o mar deixou!

A serenidade transparece em tudo...
O vento repousa entre rochedos,
Ouvem-se apenas os gemidos das ondas que chamas...
A maré sobe e teimas em desaparecer!

Vou subindo a encosta deixando...
Marcas e saudades tuas...
O mar leva-as até que mais nada reste!

Escuto o teu silêncio nesta noite...
Embora sozinho...sem mais nada teu...
Pertenço-te!

Quem sabe se amanhã,
Quando a maré baixar,
O teu nome não voltará a brilhar como antes?